O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), convida municípios paranaenses a participarem da Semana do Lixo Zero Paraná 2023, que ocorre de 20 a 29 de outubro. Esta iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos.

A programação da Semana do Lixo Zero inclui diversas atividades, como palestras, oficinas, mutirões de limpeza, exposições e ações de educação ambiental. Essas atividades serão realizadas em todo o estado por órgãos estaduais, municípios, empresas, universidades e organizações da sociedade civil.

Na segunda-feira, 23 de outubro, às 14 horas, a Sedest promoverá uma reunião virtual com os municípios para abordar o conceito de Lixo Zero e compartilhar como os municípios podem implementar ações de compostagem e redução de resíduos, além de apresentar exemplos bem-sucedidos que podem servir como orientação para outras iniciativas.

A Semana do Lixo Zero Paraná foi instituída no estado pela Lei 19.979/2019 e tem como propósito fomentar a conscientização e ações voltadas para a gestão sustentável dos resíduos sólidos. O secretário do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, enfatizou a importância de ações educativas para incentivar municípios a adotar práticas sustentáveis de gerenciamento de resíduos, contribuindo para uma economia mais verde, circular e inclusiva.

A iniciativa Lixo Zero é fundamental para mitigar os impactos ambientais e promover a conservação dos recursos naturais. Estabelecer práticas de redução e reutilização de resíduos sólidos pode contribuir para a construção de um futuro mais sustentável no Paraná.

O BRDE Labs Paraná, um programa de inovação aberta do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), revelou a lista de startups escolhidas para a próxima fase. Essas startups foram escolhidas entre 185 inscritas na edição atual do programa. Dentre elas, 77 tiveram a oportunidade de apresentar suas propostas, e agora, 10 delas avançam para a fase final de aceleração.

Nesta etapa, as startups selecionadas passarão pela chamada “Jornada do Desenvolvimento”, na qual receberão orientações de especialistas da Hotmilk (PUCPR). Elas terão a chance de aprimorar seus modelos de negócios e conhecer ferramentas de acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento de suas soluções.

As startups escolhidas são Binahki, Eloverde, Aterra, CH4 Solution, VRGlass Virtual, Ororo, Dialog, Flug, Mush e Earth Renewable Technologies. Elas trabalharão em parceria com empresas como Atlas, Copagril, Furgão Ibiporã, Grupo BTZ, Kringdes, cooperativa Lar, Magius, Prodiet, SL Alimentos e Potencial Biodiesel. O tema deste ano é “Inovação Verde e Equidade”.

As empresas buscam soluções nas áreas de logística reversa, gestão ambiental, redução de ruídos, aumento da diversidade e qualificação da força de trabalho, entre outras. O objetivo é conectar as soluções das startups às necessidades específicas dessas empresas.

Lisiane Astarita, gerente de Planejamento do BRDE e uma das coordenadoras do BRDE Labs, explicou que a meta é impulsionar propostas promissoras das startups, ajustando-as de acordo com as necessidades e avaliações das empresas parceiras. Essa etapa está programada para continuar até 23 de novembro.

O BRDE Labs no Paraná já está em sua quarta edição e explorou temas como cooperativas, indústria e ESG (Environmental, Social, and Governance). O programa BRDE Labs Paraná conta com o apoio da Hotmilk (PUC-PR) e da Amcham.

O Instituto Água e Terra (IAT), em nome do Governo do Estado do Paraná, tem investido significativamente desde 2019 na construção de barracões industriais de coleta seletiva. Este investimento, totalizando R$ 13.619.597,79, com contribuições dos municípios no valor de R$ 2.708.724,34, está focado em aprimorar as condições de trabalho dos coletores de recicláveis e no desenvolvimento da gestão de resíduos sólidos urbanos no estado. Até o momento, 15 destas instalações já estão em pleno funcionamento, enquanto outras nove encontram-se em processo de construção. Além disso, três complexos estão atualmente em fase de licitação e dois aguardam trâmites administrativos para avançar com seus respectivos projetos.

Esses barracões não são apenas estruturas físicas, pois também são equipados com uma variedade de recursos, incluindo esteiras, prensas hidráulicas, empilhadeiras, balanças e outros equipamentos essenciais para a gestão eficiente de resíduos sólidos. O pacote completo de equipamentos tem um custo médio entre R$ 700 mil e R$ 800 mil e faz parte do programa “Paraná Sem Lixões”, que visa apoiar associações municipais de recicladores.

Vera Solange Carpen, Chefe da Divisão de Resíduos Sólidos do IAT, ressalta a eficiência dessas instalações, explicando que “em uma esteira de 6 metros você consegue reciclar 2 a 3 mil toneladas de resíduos sólidos, é muita coisa. Depois que os recicláveis estão separados, os associados fazem a venda. Algumas prefeituras até ajudam na parte da comercialização, mas o dinheiro fica todo com os associados, incrementando a economia local.”

Paula Coradin, Coordenadora do Setor de Projetos Especiais da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do instituto, acrescenta que esses barracões não só melhoram o saneamento ambiental do estado, fornecendo ambientes adequados e saudáveis para os trabalhadores, mas também têm um impacto positivo na educação ambiental dos residentes. Coradin enfatiza: “Nesses barracões são feitas a triagem e a separação dos resíduos como forma de recuperação de matéria-prima, resultando em vantagens socioeconômicas e na diminuição dos materiais encaminhados aos aterros sanitários.”

O programa “Paraná Sem Lixões” está alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2012) e o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Paraná (Lei Estadual nº 20.607/21). Ele visa estabelecer arranjos institucionais necessários para o gerenciamento apropriado dos serviços, oferecendo orientações para a elaboração de planos de operação e manutenção, abrangendo a coleta e serviços relacionados, bem como orientação aos municípios para a elaboração de planos de tratamento e/ou destinação final dos resíduos sólidos.

O manejo inadequado dos resíduos pode ocasionar vários problemas ambientais, incluindo poluição do solo, ar, águas superficiais e subterrâneas, além de impactos na saúde humana devido à transmissão de doenças infecciosas por vetores.